A ansiedade é uma emoção comum, gerada em situações de perigo. Os sintomas são uma resposta involuntária do organismo, que libera uma dose extra de adrenalina, te preparando para lutar ou fugir.
Se você estivesse numa floresta e se sentisse ameaçada por um animal selvagem, isso seria muito útil.
Mas quando está tranquila na sua casa, fazendo qualquer coisa sozinha, e isso acontece, só serve para te dar taquicardia, falta de ar, sudorese, etc.
Nesse caso, essa resposta foi gerada por pensamentos automáticos que estavam sendo executados em segundo plano, frequentemente com teor de preocupação, dúvida ou medo.
Por isso chamamos de resposta mal adaptativa. Ela não é adequada à situação que a gerou.
Quando esses sintomas surgem de forma proporcional ao evento, não há nada com que se preocupar. Mas quando há situações que te fazem “perder o controle”, é possível que se trate de um transtorno de ansiedade. E você precisará aprender a enfrentá-lo.
Uma parte fundamental desse enfrentamento é a identificação dos gatilhos. Tanto se forem pensamentos automáticos, quanto se forem situações concretas.
As estratégias para enfrentamento da ansiedade são individuais e cada pessoa desenvolve a que mais faz sentido para si.
Algumas olham o céu, pensam em imagens leves, cantam, meditam, tomam um banho “ideal” dentro de seus próprios critérios…
Todas são válidas se funcionam para você. Mas o que fica evidente quando contam sobre elas é que em todas a respiração lenta e profunda está presente. E é importante, em uma crise de ansiedade, lembrar de respirar e que os sintomas não vão te matar.
Depois, anota o que estava pensando, exatamente como estava na sua cabeça para investigar qual foi o gatilho.
É comum o medo da crise colaborar para a sua intensificação, então é legal aprender a identificar seus primeiros sintomas.
Cada pessoa apresenta um ou mais sintomas de forma única, mas existem alguns mais comuns:
Sensação de que vai acontecer algo ruim ou já está acontecendo e você ainda não sabe;
Arrancar cabelos, roer unhas ou bochecha, de forma automática;
Ser "invadido" por um turbilhão de pensamentos;
Pensamento desagradável repetitivo;
Dificuldade de concentração;
Irritabilidade;
Medo ou tensão frequente;
Agitação ou tremor de braços e pernas;
Boca seca, enjôo, tontura, vertigem;
Tensão muscular;
Falta de ar;
Aceleração dos batimentos cardíacos;
Sudorese;
Dor de barriga, etc.
Esses sintomas não necessariamente estão relacionados à ansiedade, então é sempre necessária uma investigação mais precisa. E pela complexidade dos eventos relacionados, é fundamental um tratamento efetivo.
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